Ouvi de alguém estas palavras “As pessoas sentem-se solitárias porque constroem paredes em vez de túneis”. Mesmo quando não se quer admitir que nos sentimos sós, deixamos sempre escapar um ou outro desabafo que alguém mais atento compreenderá que afinal não nos é assim tão fácil conviver com a solidão. Posso referir, particularmente, aqueles que vivem sozinhos , independentemente da sua classe social, por opção ou imprevistos da vida, como um divórcio, a morte de familiares ou, por exemplo, os filhos que deixam a casa para seguirem as suas carreiras profissionais ou constituírem família. Entre estas pessoas estão também os mais idosos, que para combater a solidão recorrem aos centros de dia, regressando só ao final da tarde, ou aqueles que, por decisão própria, vão para os lares da terceira idade para se sentirem mais acompanhados. Que dizer, então, de crianças, adolescentes e jovens, que se sentem sós, embora tenham a companhia dos seus colegas de estudo e em casa uma família que os apoia? E os mais velhos, com família constituída e uma vida activa? Será que não há momentos em que se sentem solitários? Porque podemos ter um mundo de pessoas à nossa volta e no entanto sentirmo-nos sós! Penso que muitos de nós já vivemos essa experiência, conseguindo até passar a imagem de sermos pessoas fortes, sempre de bem com a vida e até com pouco tempo disponível, para termos alguns momentos só nós! Seja qual for a nossa idade, ou pela nossa dificuldade em comunicar com os outros ou pela pouca disponibilidade de tempo para conviver, a verdade é que muitas vezes nos sentimos sós.
Lembro-me de uma amiga que, com muita dificuldade e até má vontade, aceita a visita dos que lhe querem amenizar a solidão. São situações difíceis, porque estas pessoas , a pouco e pouco foram-se isolando, perdendo hábitos sociais e não só, e as visitas deixam de ser bem vindas. São as tais paredes que se vão construindo e que se transformam em barreiras difíceis de derrubar. Mas, um telefonema que se atende, a porta que se abre a um amigo e um passeio numa tarde soalheira, são pequenas brechas que se vão abrindo e que podem levar aos tais túneis, que irão conduzir ao mundo do qual se foi fugindo, por vontade própria ou pelas circunstâncias que a vida impôs. No pouco tempo que estou com a minha amiga, aconselho-a a sair de casa para passear, conviver com outras pessoas e não estar sempre sozinha, como acontece já há vários anos. E ela responde-me com estas palavras: “ Eu não estou sozinha, o Senhor está sempre comigo, Ele não me desamparará.”
No Salmo 23 encontramos estas palavras reconfortantes e das quais tantas vezes nos esquecemos : “O Senhor é o meu pastor : Nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida : e habitarei na casa do Senhor por longos dias”.
Lembro-me de uma amiga que, com muita dificuldade e até má vontade, aceita a visita dos que lhe querem amenizar a solidão. São situações difíceis, porque estas pessoas , a pouco e pouco foram-se isolando, perdendo hábitos sociais e não só, e as visitas deixam de ser bem vindas. São as tais paredes que se vão construindo e que se transformam em barreiras difíceis de derrubar. Mas, um telefonema que se atende, a porta que se abre a um amigo e um passeio numa tarde soalheira, são pequenas brechas que se vão abrindo e que podem levar aos tais túneis, que irão conduzir ao mundo do qual se foi fugindo, por vontade própria ou pelas circunstâncias que a vida impôs. No pouco tempo que estou com a minha amiga, aconselho-a a sair de casa para passear, conviver com outras pessoas e não estar sempre sozinha, como acontece já há vários anos. E ela responde-me com estas palavras: “ Eu não estou sozinha, o Senhor está sempre comigo, Ele não me desamparará.”
No Salmo 23 encontramos estas palavras reconfortantes e das quais tantas vezes nos esquecemos : “O Senhor é o meu pastor : Nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida : e habitarei na casa do Senhor por longos dias”.
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