A nossa filha veio passar duas semanas connosco e quando ela nos visita tentamos aproveitar ao máximo os dias para, em família, gozarmos da sua companhia. Há sempre muitas coisas para recordar, algumas até já esquecidas e que nos fazem voltar atrás ao passado, recriando o cenário de então. Vão-se fazendo comentários e rindo com algumas narrativas mais elaboradas, porque o passar dos anos vai omitindo alguns pormenores. Envolvidos num clima de alegria e de um certo saudosismo deixamos as horas passar.
É curioso, nestas ocasiões eu dou por mim a voltar atrás no tempo e a analisar uma ou outra atitude que tomei, sentindo, com uma certa mágoa, que talvez não tenha agido da melhor maneira. Com o passar dos anos e em muitos aspectos, eu passei a ter uma outra visão das coisas e questiono-me muito. Estes “conflitos interiores”, que por vezes me invadem, eu penso que são resultantes das constantes comparações que faço entre o passado e o presente, entre os padrões que orientavam a educação dos mais novos há uns anos atrás e aqueles que vejo serem hoje defendidos e adoptados e que me parecem pôr em causa a importância dos valores e a firmeza nas convicções.
Agora os meus filhos já estão criados e já não me pesa a responsabilidade da sua educação. Dou graças a Deus pelos filhos que tenho: pessoas bem formadas de quem muito me orgulho. Na educação que eu e o pai lhes demos fica-me a noção que fizemos o melhor que podíamos e sabíamos, dentro das condições de vida que nos cercavam e as convicções que nos orientavam. Sinto que é saudável para mim ir fazendo avaliações de quando em quando, nas atitudes que tomo, naquilo que fiz e não devia ter feito, nas decisões que tomei e por aí fora. É uma boa aprendizagem para viver o futuro com mais qualidade!
Noémia Neto, Figueira da Foz, 24 de Outubro de 2009
É curioso, nestas ocasiões eu dou por mim a voltar atrás no tempo e a analisar uma ou outra atitude que tomei, sentindo, com uma certa mágoa, que talvez não tenha agido da melhor maneira. Com o passar dos anos e em muitos aspectos, eu passei a ter uma outra visão das coisas e questiono-me muito. Estes “conflitos interiores”, que por vezes me invadem, eu penso que são resultantes das constantes comparações que faço entre o passado e o presente, entre os padrões que orientavam a educação dos mais novos há uns anos atrás e aqueles que vejo serem hoje defendidos e adoptados e que me parecem pôr em causa a importância dos valores e a firmeza nas convicções.
Agora os meus filhos já estão criados e já não me pesa a responsabilidade da sua educação. Dou graças a Deus pelos filhos que tenho: pessoas bem formadas de quem muito me orgulho. Na educação que eu e o pai lhes demos fica-me a noção que fizemos o melhor que podíamos e sabíamos, dentro das condições de vida que nos cercavam e as convicções que nos orientavam. Sinto que é saudável para mim ir fazendo avaliações de quando em quando, nas atitudes que tomo, naquilo que fiz e não devia ter feito, nas decisões que tomei e por aí fora. É uma boa aprendizagem para viver o futuro com mais qualidade!
Noémia Neto, Figueira da Foz, 24 de Outubro de 2009