terça-feira, 21 de setembro de 2010

NOTÍCIAS

Há já algum tempo que não tenho notícias tuas, mas posso imaginar que continuas no teu cantinho, saindo de manhã para tomar a bica e pouco mais. Neste aspecto somos muito parecidas. No último ano, pelo menos tenho levado os dias vencida pelo peso da rotina diária que teima em instalar-se, sem que eu consiga muitas vezes ter a vontade e o bom senso necessários para saber aproveitar melhor o tempo que tenho livre e resolva sair de casa e arejar. Quando há dois meses me encontrei contigo em Monte Real, este assunto veio à conversa, lembras-te? Falámos dos pretextos que arranjamos para contrariar as nossas boas intenções, seguidas de arrependimento por voltarmos a desperdiçar a vida. Realmente quando criamos determinados hábitos começamos a ficar desmotivadas e torna-se difícil encontrar novos interesses ou retomar alguns que fomos perdendo e que até recordamos com um certo saudosismo. São sentimentos que nos perturbam e que nem sempre nos ajudam a tomar as melhores decisões. Lembras-te da Inês ? Estava sempre pronta para a brincadeira ! Nos últimos anos temo-nos encontrado algumas vezes. Tem problemas com as pernas e anda com dificuldade, mas só te digo que apesar disso não pára. Mantém-se activa nas obras sociais em que está envolvida, tem um grupo de amigas que a desafiam para almoços e passeios de carro. Anda sempre no “laró”, como ela costuma dizer. A alegria é boa conselheira e encoraja as pessoas a irem em frente. Mas nem todos somos iguais…
Tenho estado para aqui a divagar quando o melhor seria voltarmos a encontrar-nos e continuar a conversa interrompida da última vez que estivemos juntas. Vem até cá passar uns dias. O Outono promete dias de sol e temperaturas amenas. Podemos ir dar uns passeios pela marginal e comer um geladinho, que tu tanto gostas, na melhor gelataria da Figueira da Foz e arredores.
Um grande abraço e cá fico à tua espera.
Matilde

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ESTRANHO MUNDO

“ Embora só de tempos a tempo nos apercebamos disso, a verdade é que vivemos num mundo estranho. Enquanto alguns países são fustigados por incêndios, outros, como o Paquistão e o México, sofrem cheias terríveis. A água que causa tantos estragos nuns sítios daria muito jeito para apagar fogos noutros.
Mas não é só o clima que parece desregulado. Se olharmos para o panorama humano, os contrastes não são menos gritantes. Por um lado, temos um estudo que revela que há cerca de 27 milhões de pessoas em todo o mundo em situação de trabalho escravo. Só a Islândia (com pouco mais de 300 mil habitantes) e a Gronelândia ( com 57 mil, menos do que a lotação do Estádio da Luz) parecem estar livres deste flagelo. Ao mesmo tempo que surgem estes números preocupantes sobre a escravatura, temos rapazes e raparigas lançados para o estrelato com uma facilidade enorme e a ganhar milhões de um momento para o outro.
A descoberta de jogadores de futebol que são autênticas pedras preciosas tem um paralelo: o mercado da arte. De tempo a tempos aparece uma pintura de um artista famoso que estava numa cave e afinal valia milhões. Creio até que já foi encontrado um Picasso na Feira da Ladra. Quem disse que está tudo descoberto e já não podemos ser surpreendidos?”
Neste mundo estranho acabamos por já não nos surpreender com o que vamos vendo e ouvindo. São surpresas atrás de surpresas…

Parte dum artigo de José Carlos Saraiva na Revista Tabu, de 20 de Agosto de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

OLÁ !

Há dois anos , um dos meus filhos incentivou-me a criar um blogue. Senti-me encorajada com as suas palavras e logo nesse dia a Matilde estava na Internet com o seu “figueirenseporadopcao”. Com uma certa regularidade fui narrando algumas experiências pessoais ou transcrições que achei interessante partilhar, mas há já algum tempo tenho deixado grandes intervalos entre os meus blogues. Que me desculpem todos aqueles que ainda o vão visitando. A disposição e a falta de inspiração têm superado as minhas intenções e o resultado é visível. Depois, e isso também conta, eu não tenho uma boa relação com o computador, apenas o uso como máquina de escrever, e quando surge o mais pequeno problema preciso de ajuda imediata. Tenho de admitir que esta minha incapacidade , ou melhor, a minha relutância em querer aprender, não é normal nos nossos dias, quando até uma criança de 6 anos já é mestra no uso do computador… Mas, paciência, cada um é como é! Vou procurar activar o meu blogue, seguindo as linhas que desde o início orientam este meu projecto, se assim lhe posso chamar, não permitindo que o desinteresse e a preguiça mental se instalem. Tentarei dar asas à imaginação e encontrar temas que possam inspirar a minha modesta escrita . É tudo por hoje e… até breve!