É o livro de Nuno Lobo Antunes , especialista em Neuro- Oncologia pediátrica, com textos que relatam experiências que ele viveu ao longo da sua carreira. No prefácio , de António Damásio, este diz : “SINTO MUITO é um título fabuloso, que nos remete, desde logo, para a prosa muitas vezes feliz e rigorosa do autor. Apesar de o cenário ser predominantemente nova–iorquino, a matéria é filtrada por uma sensibilidade portuguesa, tanto emocional como linguística, que a torna nova e sedutora. Quando é sincera, a expressão “sinto muito” não significa o mesmo que “lamento”. Esta última é uma expressão formal de lástima, a primeira acentua um sentimento devastador de perda.
A primeira vez que encontrei o Nuno Lobo Antunes, por impossível que pareça, foi há cerca de trinta anos, era ele ainda estudante de Medicina. Na altura, convencido que estava da minha capacidade de julgar as pessoas, previ-lhe uma carreira brilhante. Será possível insistir na justeza da previsão?
No entanto, não foi fácil, de início, ler este livro maravilhoso. De alguma forma, os ensaios lêem-se como se de “memórias” se tratassem, e entrar nas memórias de alguém que se conhece é o mesmo que ouvir, de forma acidental, uma conversa que não nos é dirigida. Transgredimos, violamos propriedade privada, e a esta infracção associa-se um sentimento de embaraço e de culpa. Ao pensar melhor, é-nos evidente que tais sentimentos não se aplicam. O desejo do autor é de que os seus relatos sejam “como se” ouvidos sem querer, as suas missivas lidas “como se “ por engano.
Nuno Lobo Antunes pretende, com bom propósito e bons resultados, deixar que o coração se pronuncie, que se liberte a sua voz, que seja conhecida a sua humanidade. E, na verdade, a alma fala.”
Voltarei mais tarde a abordar este livro.
domingo, 28 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
NOTÍCIAS
Nos últimos tempos tenho estado afastada da escrita, mas por motivos justificáveis. Recebemos a visita da nossa filha e uma neta, que vivem na Alemanha, e os dias que passamos juntos são sempre poucos para matar as saudades. Logo a seguir à sua partida, a notícia da morte, em condições trágicas, dum familiar de amigos nossos e irmãos na fé, membros da Igreja Evangélica Presbiteriana, que frequentamos, deixou-nos muito perturbados. Seguiram-se dias de tristeza e interrogações. Porquê, Senhor? Nestes momentos é tão difícil encontrar palavras que ofereçam o conforto emocional que aqueles que sofrem precisam de ouvir… Em alturas como esta, a nossa fé fica mais fragilizada, mas acabamos por ter de aceitar os acontecimentos porque não encontramos explicações para as nossas dúvidas . A vida continua e vamos ter de estar preparados e conseguir encontrar forças para enfrentarmos, a qualquer momento, os desgostos e as dificuldades, que sempre irão surgir, e disposição para sabermos aproveitar os momentos bons da vida. E são as palavras do apóstolo Paulo, ainda que difíceis de aceitar, que irão dar novo ânimo e consolo aos corações atingidos pela dor da perda do seu ente querido: “ Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus”
Por último, fui operada a uma catarata no dia 3 deste mês. Foi uma operação rápida, mas incomodativa. Graças a Deus correu bem! E agora, aqui estou eu, procurando seguir à risca as recomendações do médico, até porque o meu marido está sempre a recordar--mas: “Não baixes a cabeça, não faças esforços” e muito empenhado em cumprir com rigor as tarefas domésticas de que se incumbiu!
E por hoje é tudo .
Por último, fui operada a uma catarata no dia 3 deste mês. Foi uma operação rápida, mas incomodativa. Graças a Deus correu bem! E agora, aqui estou eu, procurando seguir à risca as recomendações do médico, até porque o meu marido está sempre a recordar--mas: “Não baixes a cabeça, não faças esforços” e muito empenhado em cumprir com rigor as tarefas domésticas de que se incumbiu!
E por hoje é tudo .
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