No meu blog do dia 14 de Julho falei duma senhora amiga , já idosa, que recusa qualquer tipo de ajuda que as amigas lhe querem prestar. Continuamos a chamar-lhe a atenção para que ela procure viver com mais qualidade de vida, sair da solidão a que chegou abrindo-se ao convívio com as pessoas. A sua saúde tem vindo a debilitar-se, consequência duma doença oncológica que ela se recusa tratar. A televisão, que era a sua distracção e companhia, o Inverno rigoroso partiu a antena do telhado e deixou de funcionar. O cabelo cai-lhe enfraquecido nos ombros, mas não vai cortá-lo. Passou a receber há alguns anos o apoio duma instituição de solidariedade que lhe fornece o almoço e lhe poderia também tratar da limpeza da casa e da lavagem da roupa, mas recusou. Estes e muitos outros problemas, que não interessa aqui mencionar, deixam-nos tristes e preocupadas. De novo procurámos ajuda junto dos serviços de saúde. Esta semana foi visitada por um funcionário da Delegação de Saúde e uma enfermeira do Centro de Saúde, que lhe chamaram a atenção para a necessidade urgente de ir ao médico, de cuidar da sua higiene e da limpeza da casa, mas ela mostrou-se peremptória na recusa de qualquer ajuda, manifestando descontentamento pela ingerência na sua vida. Disse-lhes que tem amigas que a visitam e a aconselham ( mas só a muito poucas ela franqueia a porta para uma curta visita, mesmo que estas sejam esporádicas …). E não podem ser tomadas outras medidas porque ela está ainda no pleno gozo das suas faculdades. É o que nos dizem.
Está, pois, afastada a hipótese de continuarmos a criar expectativas na melhoria da qualidade de vida desta nossa amiga, embora elas fossem cada vez menos. Iremos continuar a visitá-la e deixar que as nossas palavras lhe levem algum consolo e a reanimem, porque, como ela diz “Eu não sou feliz e nem sei o que me poderia fazer feliz…”
Foi-nos dito que, se o seu estado de saúde piorar, basta contactar a sua médica de família que ela logo lhe prestará os cuidados necessários. É muito bom saber que podemos contar com a sua ajuda.
Pelo que nos informaram, há muitas pessoas que vivem em piores condições e não têm quem se preocupe com elas. Porém, a nossa amiga pode contar connosco, assim ela o deseje.
Deixo aqui duas estrofes dum cântico que ela gosta muito:
Com Tua mão, segura bem a minha,
Pois eu tão frágil sou, ó Salvador.
Que não me atrevo a dar nem um só passo,
Sem Teu amparo, meu Jesus Senhor!
Com Tua mão, segura bem a minha,
E pelo mundo alegre seguirei;
Mesmo onde as sombras caem mais escuras,
Teu rosto vendo, nada temerei !
sábado, 28 de março de 2009
DEIXAR VIVER
terça-feira, 10 de março de 2009
sábado, 7 de março de 2009
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Foi a 8 de Março de 1857 que as operárias de uma fábrica têxtil em Nova Iorque iniciaram, com manifestações de protesto, a sua luta pela redução do horário de trabalho e melhoria de salários. Em 1910, com a participação de pessoas de alguns países da Europa, foi decretado o Dia Internacional de Trabalho e, mais tarde, a Organização das Nações Unidas oficializou o ano 1975 como o Ano Internacional da Mulher.
De então para cá muitas mulheres em diferentes áreas têm lutado para que a mulher tenha um papel mais activo num mundo dominado pelos homens. Existem leis que protegem a mulher, concedendo-lhes direitos e igualdade de oportunidades, mas o facto é que ocorrem ainda descriminações tanto a nível social, como nos locais de trabalho e na família. Ultimamente, por exemplo, têm-nos chegado notícias do aumento da violência doméstica e sabemos também da prioridade dada aos homens em algumas empresas pela desvantagem que vêem na contratação de mulheres grávidas com a perspectiva de faltas ao trabalho para assistência aos filhos. Há ainda a ideia da fragilidade das mulheres e da sua maior sensibilidade em campos onde a força e a frieza são exigidas. Mas as mulheres são bons exemplos da duplicidade de funções, trabalhando fora de casa e cuidando da família, corajosas quando enfrentam situações difíceis, com capacidades indiscutíveis na sua entrega às causas que defendem, reconhecidas nas funções que desempenham pelos seus méritos e tantas coisas mais que as caracterizam.
Temos também a política, onde os homens levam a vantagem. A propósito, já tenho pensado muitas vezes como resultaria a experiência de um país governado só por mulheres, o nosso, por exemplo. Há uma certa tendência , falo em excepções, claro, de algumas mulheres em cargos de liderança, se tornarem frias e abusarem dos poderes que lhes são conferidos, talvez como forma de vincarem a sua posição de minoria. Tenho a certeza que, no Parlamento, o ambiente seria de agitação constante, cada membro a intervir sem esperar pela sua vez e a presidente da Assembleia de mãos na cabeça, sem conseguir fazer-se ouvir. Isto com mais alguns pequenos itens à mistura…Mas, como da discussão nasce a luz, os resultados iriam surpreender os portugueses. Quem sabe se teríamos leis mais favoráveis ao desenvolvimento do país e às condições de vida dos cidadãos. Posso já imaginar os gritos da multidão: “Mulheres à frente, o povo está contente”!
De então para cá muitas mulheres em diferentes áreas têm lutado para que a mulher tenha um papel mais activo num mundo dominado pelos homens. Existem leis que protegem a mulher, concedendo-lhes direitos e igualdade de oportunidades, mas o facto é que ocorrem ainda descriminações tanto a nível social, como nos locais de trabalho e na família. Ultimamente, por exemplo, têm-nos chegado notícias do aumento da violência doméstica e sabemos também da prioridade dada aos homens em algumas empresas pela desvantagem que vêem na contratação de mulheres grávidas com a perspectiva de faltas ao trabalho para assistência aos filhos. Há ainda a ideia da fragilidade das mulheres e da sua maior sensibilidade em campos onde a força e a frieza são exigidas. Mas as mulheres são bons exemplos da duplicidade de funções, trabalhando fora de casa e cuidando da família, corajosas quando enfrentam situações difíceis, com capacidades indiscutíveis na sua entrega às causas que defendem, reconhecidas nas funções que desempenham pelos seus méritos e tantas coisas mais que as caracterizam.
Temos também a política, onde os homens levam a vantagem. A propósito, já tenho pensado muitas vezes como resultaria a experiência de um país governado só por mulheres, o nosso, por exemplo. Há uma certa tendência , falo em excepções, claro, de algumas mulheres em cargos de liderança, se tornarem frias e abusarem dos poderes que lhes são conferidos, talvez como forma de vincarem a sua posição de minoria. Tenho a certeza que, no Parlamento, o ambiente seria de agitação constante, cada membro a intervir sem esperar pela sua vez e a presidente da Assembleia de mãos na cabeça, sem conseguir fazer-se ouvir. Isto com mais alguns pequenos itens à mistura…Mas, como da discussão nasce a luz, os resultados iriam surpreender os portugueses. Quem sabe se teríamos leis mais favoráveis ao desenvolvimento do país e às condições de vida dos cidadãos. Posso já imaginar os gritos da multidão: “Mulheres à frente, o povo está contente”!
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