terça-feira, 8 de setembro de 2009

AS REALIDADES DA VIDA

“Não, a vida não é uma festa permanente e imóvel, é uma evolução constante e rude.” Ramalho Ortigão

Depois de ter visto um determinado programa na televisão, concluí, e penso não estar longe da verdade, que quando falamos das “realidades da vida”, de uma maneira geral, estamos a olhar o lado negativo da vida, os infortúnios que a qualquer momento podem surgir. São encaradas como surpresas às quais não podemos fugir e, dependendo da nossa maneira de sentir, ou estamos sempre atentos com a percepção de que algo de mau vai acontecer, ou continuamos a viver, sem cepticismo, conscientes que iremos encontrar forças e coragem para enfrentar as “partidas” do destino.
De todo o lado surgem evidências que nos dão conta da sociedade estar a sofrer alterações constantes que se reflectem no nosso dia-a-dia. Sabemos que não estamos livres de em qualquer ocasião sermos obrigados a enfrentar situações de medo e provação. Todos nós já vivemos momentos de tristeza e dor com a partida de um ente querido, lutámos com a doença. Vivemos tempos de tensão e angústia que surgiram inesperadamente na vida. O desemprego que pode bater-nos à porta, a violência de que podemos ser vítimas a qualquer momento, consequências dos novos tempos que vivemos. Mas o que nós estamos sempre a constatar é que, com maior ou menor sofrimento, com mais ou menos optimismo, com a ajuda de Deus, vamos aprendendo a viver de novo a vida que ainda temos pela frente, dando pequenos passos, parando para depois recomeçarmos a caminhada. A disposição pode não voltar a ser a mesma, mas outros interesses vão surgindo e a luta pela sobrevivência tem de prosseguir porque a vida continua. As dificuldades da vida ajudam-nos a crescer na fé e a construir o nosso carácter.

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