Na Revista ÚNICA, do semanário Expresso, de 27 de Março, vem a história de um gato, que desde os 6 meses de idade e juntamente com mais 5 companheiros, vive no lar Steere House, em Rhode Island, nos Estados Unidos. Pouco sociável, passava os seus dias a dormir nos seus cobertores. “Pensava-se que era um gato comum. Mas isso foi antes do pessoal do terceiro piso, dedicado aos cuidados paliativos, lhe detectar um dom extraordinário: quando a saúde de um dos pacientes piorava, Óscar começava a visitá-lo no quarto com frequência. A certa altura, subia para a cama, aninhava-se aos pés do paciente e dali não saía. Em vigília, acompanhava-o nas últimas horas”. Quando a enfermeira Mary chamou a atenção do médico geriatra, David Dosa, para o estranho dom do gato , incrédulo ele respondeu :”Não me entenda mal, Mary. Adoro a ideia de um animal se vir sentar junto de mim quando eu morrer. É enternecedor”. Pouco tempo depois, uma mulher de 80 anos, que padecia de uma doença grave, e “apesar de nada indicar que a sua morte era iminente, a enfermeira surpreendera-se por Óscar se ter enroscado ao lado da paciente. Dosa encolheu os ombros e partiu, sem dar grande importância à teoria da enfermeira. Uma hora depois recebeu um telefonema. A senhora Davis tinha falecido na companhia de Óscar. “Está a acontecer sempre que alguém morre. David, acho mesmo que o gato sabe”, insistiu Mary.
Passaram-se seis meses, o médico já tinha esquecido o assunto , mas recebe de novo um telefonema informando-o que outra paciente do lar tinha falecido, “e, como noutras ocasiões, Óscar montara vigilância na cama da paciente durante as últimas horas de vida”. E, diz Dosa, “ Embora ninguém entre o pessoal médico, incluindo eu, achasse que ela estava sequer doente, muito menos perto da morte, aquele gato sentiu qualquer coisa. Ainda que a minha fé na ciência e a minha própria vaidade me ajudassem a rejeitar a ideia de que um felino qualquer podia saber mais do que nós, médicos e enfermeiros, sabíamos, senti-me estranhamente eufórico com a ideia de poder estar completamente enganado”, escreve ele mais tarde.
“Seria coincidência que Óscar estivesse presente na morte de cada paciente? O episódio despertou a inquietação do médico, que se lembrou de uma citação de Einstein: “A coincidência é a forma que Deus tem de permanecer anónimo”. E Dosa começa a investigar o comportamento deste gato. Óscar era o único dos seis gatos do lar a ficar junto dos doentes em fase terminal, para consolo dos seus familiares.
Em 2007, David Dosa escreveu um artigo sobre este gato no jornal cientifico “ The New England Journal of Medicine e recentemente um livro “ÓSCAR – O dom extraordinário de um gato único”, editado em Portugal pela Caderno. Dosa não consegue encontrar explicações precisas para o comportamento deste gato. “Óscar encarna a empatia e o companheirismo. O trabalho dele é fazer companhia nas horas finais, faz parte da equipa” escreve o médico no prefácio do seu livro.
Passaram-se seis meses, o médico já tinha esquecido o assunto , mas recebe de novo um telefonema informando-o que outra paciente do lar tinha falecido, “e, como noutras ocasiões, Óscar montara vigilância na cama da paciente durante as últimas horas de vida”. E, diz Dosa, “ Embora ninguém entre o pessoal médico, incluindo eu, achasse que ela estava sequer doente, muito menos perto da morte, aquele gato sentiu qualquer coisa. Ainda que a minha fé na ciência e a minha própria vaidade me ajudassem a rejeitar a ideia de que um felino qualquer podia saber mais do que nós, médicos e enfermeiros, sabíamos, senti-me estranhamente eufórico com a ideia de poder estar completamente enganado”, escreve ele mais tarde.
“Seria coincidência que Óscar estivesse presente na morte de cada paciente? O episódio despertou a inquietação do médico, que se lembrou de uma citação de Einstein: “A coincidência é a forma que Deus tem de permanecer anónimo”. E Dosa começa a investigar o comportamento deste gato. Óscar era o único dos seis gatos do lar a ficar junto dos doentes em fase terminal, para consolo dos seus familiares.
Em 2007, David Dosa escreveu um artigo sobre este gato no jornal cientifico “ The New England Journal of Medicine e recentemente um livro “ÓSCAR – O dom extraordinário de um gato único”, editado em Portugal pela Caderno. Dosa não consegue encontrar explicações precisas para o comportamento deste gato. “Óscar encarna a empatia e o companheirismo. O trabalho dele é fazer companhia nas horas finais, faz parte da equipa” escreve o médico no prefácio do seu livro.
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