terça-feira, 23 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
CADA UM DIVERTE-SE À SUA MANEIRA
Olhando de novo as últimas imagens do meu blog não posso deixar de pensar nas diferentes maneiras que as pessoas inventam para preencher os seus momentos de ócio, indiferentes aos riscos que possam correr, no ridículo a que por vezes se expõem e, em algumas situações, no uso de métodos brutais , para depois se vangloriarem da sua valentia e do gozo que experimentaram.
Cada um é livre de se divertir da maneira que entende, nem que para isso tenha de sofrer as “meiguices” dum pequeno touro desembolado, como demonstram as imagens. Tenho a certeza que muitos daqueles homens (parece-me que as mulheres não se aventuraram nas brincadeiras !) sofreram traumatismos, partiram cabeças e sei lá que mais, mas isso não os vai impedir de, na próxima vez, tornarem a ser participantes activos desta diversão.
Mas o que me dirão dos espectáculos que proporcionam as “lutas de cães”, as “lutas de galos”, por exemplo, quando, incitados pelos gritos dos seus aficionados, os animais morrem e os que ficam estropiados são muitas vezes abandonados pelos seus próprios donos, porque a brincadeira terminou. E as touradas? Isso já é outra coisa! É um espectáculo com tradição, que passa de pais para filhos e que envolve famílias, normalmente abastadas, e que, com toda a pompa e valentia, proporcionam um clima de prazer, expectativa e uma certa tensão aos seus admiradores. Que me perdoem os simpatizantes das corridas de touros, mas eu sou completamente contrária ao sofrimento que é infligido aos animais, incluindo o cavalo que tantas vezes é atingido, para satisfação daquelas pessoas que, pagando bilhetes de elevado custo, se maravilham com a arte e valentia revelada pelo cavaleiro e pelo toureiro, quando vão espetando as bandarilhas, uma após outra, no animal, indiferentes ao seu sofrimento. Os “olés” gritados pela assistência, estimulam os “artistas” ! No final o público deixa as bancadas, maravilhado e comentando com euforia a actuação dos seus heróis, enquanto o pobre do touro, figura principal da festa, acaba no matadouro…
Numa tourada a minha pena vai para o touro e para o cavalo, quando este é atingido. Claro que não fico insensível se um dos “actores da arena” sofre um acidente, mas foi uma consequência da sua opção … Os animais estão sujeitos à vontade do homem, mas estes devem compreender que nem sempre podem levar a melhor, quando os excitam e lhes provocam sofrimento.
Estes são apenas “algumas” das maneiras que nós, humanos, escolhemos para diversão. Haveria tanto a dizer sobre isto !...
domingo, 14 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
PARA QUÊ SOFRER
“A nossa herança cultural baseia-se em ressaltar aquilo que fazemos mal. Incute-nos que é impossível viver sem sofrimento. E, contudo, a Psicologia considera que em quase 90 por cento das situações sofremos de forma inútil e desnecessária.”
“O sofrimento, o envelhecimento, a doença, a morte existem. Não se trata de negar essas evidências. Mas há que buscar um equilíbrio em que se possa viver com naturalidade. Não temendo a morte, nem o envelhecimento e sabendo que a doença se pode superar. Não há que negar que existem dificuldades. Há que preparar a pessoa para as superar.”
“Nem tudo é sofrimento, nem tudo é felicidade. Há que ser objectivo e saber que é possível superar as dificuldades. É esse o caminho para a maturidade e para a felicidade.”
“… existem inúmeras situações em que sofremos de forma desnecessária. Não pelo que ocorre mas pelo que pensamos. É esta situação que podemos inverter, colocando o cérebro a nosso favor. O sofrimento existe, mas não há que dar-lhe a primazia.”
“A felicidade advém de nos sentirmos bem connosco próprios, de sabermos que existe coerência entre o que pensamos e o que fazemos.”
“O sentido de humor ajuda a viver melhor, a relativizar e a superar as dificuldades. O sentido de humor é o melhor baluarte que podemos ter. Connosco próprios e no relacionamento com os outros. Graças ao humor desfazem-se muitos problemas.”
“O sentido de humor procura o positivo nas circunstâncias, o ponto agradável em tudo, relativiza as questões. Costumo dizer que “se o humor se pudesse pagar os ricos compravam-no”. Uma pessoa que é capaz de rir de si mesma supera quase todas as dificuldades e tem uma vida mais prazenteira”.
“O pior que podemos fazer a uma criança ou adolescente é superprotegê-lo.” … “Não negar que existem dificuldades na vida, mas prepará-los para as enfrentar e superar”
Excerto da Revista XIS do Jornal Público, de 1 de Julho de 2006
Do livro “A Inutilidade do Sofrimento”, da psicóloga Maria Jesus Álava Reyes
Há já algum tempo que, todas as manhãs e nos finais da tarde, eu vejo da minha janela um casal a dar pequenas voltas. O homem, talvez na casa dos 60 anos, deve ter tido algum problema de coração porque me parece que não pode mexer o braço esquerdo. Com a mão direita apoia-se numa bengala, e muito vagarosamente, num andar arrastado, dando pequeninos passos, ele faz a caminhada a que se impôs. A esposa vai sempre a seu lado, dando-lhe ajuda, mas só quando vê que é necessário fazê-lo. Não sei quanto tempo demora o trajecto, mas posso imaginar, pelo que vejo, que quando este homem chega a casa deve ir muito cansado. Mas ele é perseverante, determinado, sabe que precisa de andar, de movimentar as pernas. Ele não nega o sofrimento que esse esforço lhe causa, é visível, mas faz o possível por superá-lo, esforçando-se por, a pouco e pouco, ir tentando vencer as suas incapacidades, lutando para, quem sabe, voltar a ser a pessoa que era antes da doença o ter atingido.
Lembro-me mais uma vez das palavras da psicóloga: “O sofrimento existe, mas não há que dar-lhe a primazia !”
terça-feira, 2 de setembro de 2008
SABER VIVER
Muitas vezes, falando com pessoas que estão a passar por dificuldades e fogem ao convívio com os outros, eu costumo dizer, como incentivo : “Viva da melhor maneira cada dia da sua vida!” Também dirijo a mim própria as mesmas palavras, mas algumas vezes sem sucesso…
Estava há momentos a pensar que posso comparar a vida a uma daquelas estradas secundárias do nosso Portugal. Quando vamos de carro devemos ter em atenção os buracos, muitos deles sem estarem devidamente assinalados, as curvas, os outros carros que vêm em sentido contrário, aqueles que nos querem ultrapassar indiferentes ao perigo que isso possa constituir e a tantos outros imprevistos com os quais nos podemos deparar. Mas muito importante, é a maneira como conduzimos. E aqui surgem os “senãos” que podem pôr em risco a nossa segurança e a dos outros.
Na nossa “estrada da vida” vamos encontrar muitos obstáculos que irão atrapalhar a nossa condução: contrariedades, problemas que surgem sem serem esperados, o demasiado optimismo que nos impede de ver com clareza as realidades, a solidão, a falta de saúde, que nos torna mais sensíveis, enfim, muitas coisas das quais cada um de nós pode falar por si. Quando só vemos a parte negativa da vida é como se estivéssemos a conduzir o nosso carro pela estrada num dia de Inverno, com chuva, relâmpagos a cruzar o céu, o vento que nos obriga a segurar bem o volante para conseguirmos ir em frente, etc. Mas quando vamos para a estrada num dia de Primavera, com o sol a brilhar, os campo verdejantes, cobertos de flores, aquele túnel que atravessamos, formado pelas árvores, que dum lado e outro do caminho, entrelaçaram os seus ramos, o cantar dos pássaros, a total revelação da Natureza cantando hinos ao seu Criador! Então, sim, o nosso ser vibra, sentimo-nos mais felizes, esquecemos por momentos os perigos que nos podem surpreender, uma curva mal dada, um buraco traiçoeiro à espera do menos atento.
Saber aproveitar cada dia que Deus nos dá é aprender a tirar partido da nossa condução pela “estrada da vida”, aproveitando os “dias de Primavera” que nos irão tornar mais fortes para aprendermos a viver com as tristezas dos “dias de Inverno” que, quer queiramos quer não, aparecem sempre e…quantas vezes fora de tempo!
“Segura a mão de Deus.
Segura a mão de Deus,
Pois ela, ela te sustentará.
Não temas, segue adiante,
E não olhes para trás.
Segura já na mão de Deus e vai”
Estava há momentos a pensar que posso comparar a vida a uma daquelas estradas secundárias do nosso Portugal. Quando vamos de carro devemos ter em atenção os buracos, muitos deles sem estarem devidamente assinalados, as curvas, os outros carros que vêm em sentido contrário, aqueles que nos querem ultrapassar indiferentes ao perigo que isso possa constituir e a tantos outros imprevistos com os quais nos podemos deparar. Mas muito importante, é a maneira como conduzimos. E aqui surgem os “senãos” que podem pôr em risco a nossa segurança e a dos outros.
Na nossa “estrada da vida” vamos encontrar muitos obstáculos que irão atrapalhar a nossa condução: contrariedades, problemas que surgem sem serem esperados, o demasiado optimismo que nos impede de ver com clareza as realidades, a solidão, a falta de saúde, que nos torna mais sensíveis, enfim, muitas coisas das quais cada um de nós pode falar por si. Quando só vemos a parte negativa da vida é como se estivéssemos a conduzir o nosso carro pela estrada num dia de Inverno, com chuva, relâmpagos a cruzar o céu, o vento que nos obriga a segurar bem o volante para conseguirmos ir em frente, etc. Mas quando vamos para a estrada num dia de Primavera, com o sol a brilhar, os campo verdejantes, cobertos de flores, aquele túnel que atravessamos, formado pelas árvores, que dum lado e outro do caminho, entrelaçaram os seus ramos, o cantar dos pássaros, a total revelação da Natureza cantando hinos ao seu Criador! Então, sim, o nosso ser vibra, sentimo-nos mais felizes, esquecemos por momentos os perigos que nos podem surpreender, uma curva mal dada, um buraco traiçoeiro à espera do menos atento.
Saber aproveitar cada dia que Deus nos dá é aprender a tirar partido da nossa condução pela “estrada da vida”, aproveitando os “dias de Primavera” que nos irão tornar mais fortes para aprendermos a viver com as tristezas dos “dias de Inverno” que, quer queiramos quer não, aparecem sempre e…quantas vezes fora de tempo!
“Segura a mão de Deus.
Segura a mão de Deus,
Pois ela, ela te sustentará.
Não temas, segue adiante,
E não olhes para trás.
Segura já na mão de Deus e vai”
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